(Foto: Reprodução)
A Dra. Ana Escobar explica qual é o tipo de câncer mais
comum entre as crianças e quais as chances de cura. E você sabe como funciona o
nosso sistema imunológico? Do que depende a eficiência no combate aos vírus e
bactérias? E quando tudo falha? O hematologista Philip Bachour explica como
funciona o transplante de medula e o tratamento com células-tronco. E mais: a
importância dos bancos de leite para a saúde dos bebês prematuros. Como o
Isaac, que com apenas três meses já teve problemas no intestino, no cérebro e
no coração.
Leite – Uma atitude que não dói, não custa dinheiro e faz um
bem enorme para a alma das mães é doar o leite materno excedente, aquele que
sobra depois que o bebê mamou. Esta doação é fundamental para salvar quem
chegou ao mundo já precisando de ajuda. O leite pode durar até 10 dias guardado
no congelador. Todo leite retirado ao longo desse período pode ser colocado no
mesmo frasco, mas é importante marcar a data do primeiro depósito, porque é a
partir dela que vai ser contada a validade. A Rede Brasileira de Bancos de
Leite Humano, ligada à Fiocruz, tem postos de coleta em várias cidades
brasileiras.
Medula óssea – A
medula é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, conhecido
popularmente por “tutano”. Na medula óssea são produzidos os componentes do
sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as
plaquetas. O transplante de medula reforça todo o sistema imune, é como uma
injeção de ânimo para o corpo debilitado. A substituição da medula óssea
realizada no transplante, além de restaurar a produção das células sanguíneas,
substitui o sistema imunológico do paciente pelo do doador. Quando a
compatibilidade acontece, a medula é uma arma eficiente para combater o câncer.
O transplante pode ser indicado para tratamento de um conjunto de cerca de 80
doenças, incluindo casos de mieloma múltiplo, linfomas e doenças autoimunes. O
Brasil possui o terceiro maior banco de medula óssea do mundo, atrás apenas dos
Estados Unidos e da Alemanha, porém, nosso maior problema é a mistura de raças,
que torna o processo de compatibilidade complexo e difícil de achar doadores
que tenham o mesmo perfil genético do paciente. Para doar é preciso ter entre
18 e 55 anos de idade e boa condição de saúde. O candidato a doador deve
procurar o hemocentro mais próximo de sua casa para esclarecer as dúvidas e
fazer a coleta de uma amostra de sangue.
Sangue – O plasma sanguíneo é responsável por 66% de seu
volume, além das hemácias, dos leucócitos e das plaquetas, responsáveis por
aproximadamente 33% de sua composição. A maior parte do plasma é composta por
água (93%), daí a importância de sempre nos mantermos hidratados ingerindo
bastante líquido. Nos 7% restantes encontramos: oxigênio, glicose, proteínas,
hormônios, vitaminas, gás carbônico, sais minerais, aminoácidos, lipídios,
ureia, etc.
Doação de sangue – Requisitos básicos: estar em boas
condições de saúde, ter entre 18 e 69 anos (a primeira doação deve ser feita
até os 60), pesar, no mínimo, 50 quilos e estar descansado e bem alimentado. Se
tiver entre 16 e 18 anos, precisa de autorização dos pais. Homens podem fazer
até 4 doações ao ano, com intervalo de 60 dias a cada uma. Mulheres podem fazer
até 3 doações por ano com intervalo de 90 dias entre uma e outra.
Do Brumado Urgente
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