quarta-feira, 30 de abril de 2014

O TUMBA NO TOMBA





          O TUMBA NO TOMBA


Foi lá na zona rural
Num evento de arromba,
Num jogo de futebol
Que estourou - se a bomba
E devido ao ocorrido
Tudo ficou conhecido
Como o tumba no Tomba!

Lá na região do Tomba
Numa partida estranha,
Numa disputa ferrenha
Vendo quem perde e quem ganha,
Começaram a brigar
O povo desse lugar
Anagé e Piabanha!

O povo da Piabanha
Numa briga não alisa,
Juntaram-se uns dezoito
Desses da cara bem lisa,
Wadson na arbitragem
Veio essa molecagem
Para dar- lhe uma pisa!

Partiram pra cima dele
Afim de o atacar,
Ele não querendo briga
Tentando apaziguar,
Só que ninguém se rendeu
O cacete então comeu
E começou o bafafá!

No campo de Ataíde
Foi que se deu a intriga,
Gente recebeu pancada,
Cabeçada na barriga,
Junto ao povo de Anagé
O time do São de José
Ganhou o jogo e a briga!

Zé de Quita bravamente
Com a paciência pouca,
Agarrou um individuo
Numa ligeireza louca,
Deu um soco no coitado
Que caiu lá desmaiado
Jorrando sangue da boca!

No meio do foi não foi
Guzinho de Edgar,
Correndo dentro do mato
Achou um ninho de cocá,
Com a sua cara lisa
Trouxe os ovos na camisa
E começou a jogar!

Bima do jogo do bicho
Logo começou correr,
Gritando:- Meu Deus do céu
Dessa vez eu vou morrer!
No meio desse peleja
Dez latinhas de cerveja
Ele bebeu sem querer!

Vendo que morre meu filho...
Assim falou Bibizão
Para Rogério de Zim
Que dentro da confusão,
Presenciou os empurros
Ponta- pés, tapas e murros
E muita gente no chão!

Danilo de João Ceará
Deu uma de carateca,
Jogando gente pra cima
Como quem joga peteca!
Deu um murro aprumado
No olho de um coitado
Que estufou a baleca!

Um cara da Piabanha
Irritado nessa hora
Agarrou-se com Cazim,
Sem pressa e sem demora,
Até quase que o mata
Dando-lhe uma gravata
Que a língua saiu pra fora!

Lero do bar quando viu
O teor da confusão,
Saiu correndo perdido
No meio do barulhão,
Para não ser atingido
Ele ficou escondido
Debaixo do seu busão!

Ysac da Gameleira
Ficou tão apavorado,
Tentando conter a briga
Chorando desesperado,
No meio da confusão,
Temendo que seu busão
Também fosse apedrejado!

Valdemar irmão de Tito
No meio do desatino,
Engrossou na mesma hora
Aquele seu corpo fino!
Muito inchado ficou,
Pois nesse dia apanhou
De mulher e de menino!

Os mabaços nesse dia
Adoraram a parada
Correndo entre o povo
Dando murro, cabeçada
E dentro do vai e vem
Os dois ganharam também
Muito murro e cacetada!

Um galego magricela
Parecendo um cipó,
Apanhou tanto na briga
Que ficou de fazer dó!
Ficou lá no chão gemendo
Inclusive parecendo
Que o corpo deu um nó!

No meio do bafafá
Desse barulhento clima,
Tema saiu apressado
Até encontrou com Bima
E perguntou por Taí
Bima disse: -Oi ele aí
Com a cara para cima!

Tení começou correr
Dentro do panavoeiro,
Querendo que os atletas
Antes de morrer primeiro,
Mesmo de cabeça tonta
Cada um prestasse conta
Logo de todo dinheiro!

Véi de Nego foi ficar
Lá em um monte de lixo
E de lá ele falava
Bem baixinho em cochicho,
Repetindo sem parar:
-Doido é quem fica lá
No meio de tanto bicho!

Binho de Nego deu risada
No meio da confusão,
Divertia-se correndo
Com uma bola na mão,
No meio do vai e vem
Pulando por cima de quem
Estava caído no chão!

Sam de Tuxinha também
No tumulto se meteu,
Deu tapa em muita gente
Que muitíssimo gemeu,
No meio dessa garapa
Com medo de levar tapa
Ele fez isso e correu!

Aldo estava bebendo
Numa sede tão voraz,
Uma latinha de Brahma,
E prosando com um rapaz,
O tumulto foi chegando
E ele foi afastando
Até caiu para trás!

Esse cacete acirrado
Por meia hora durou,
Muita gente deu pancada
Muita gente apanhou!
Mas depois do reboliço
A turma do deixa disso
Foi chegando e separou!

Faltaram diversos nomes
Que aqui eu não citei,
O motivo vou falar:
-Foi por que não me lembrei!
Mas pode crê de verdade,
Em outra oportunidade
Falo de quem não falei!

AUTORES: FONZIM DE ANAGÉ E LERO DO BAR

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