João Paulo, 6 anos, foi assassinado a chicotadas e óleo
quente pela mãe e pelo padrasto em Santa Bárbara do Leste (MG).
Um menino de 6 anos foi assassinado a chicotadas e óleo
quente jogado no corpo em Santa Bárbara do Leste (MG), no Vale do Rio Doce. O
crime foi cometido pela mãe e pelo padrasto.
Segundo o delegado Luiz Eduardo Moura Gomes, dois irmãos de
3 e 4 anos do menino, chamado João Paulo, também foram brutalmente agredidos e
estão internados em um hospital de Caratinga, a 23 quilômetros de Santa
Bárbara, com ferimentos gravíssimos. "Nunca vi uma coisa dessas. Os meninos
foram chicoteados com um chicote e agredidos com um cinto. Eles ainda jogaram
óleo quente nas três crianças. Quando foram encontrados estavam com feridas em
carne viva nas nádegas, costas e órgãos genitais. Uma barbaridade", contou
Gomes.
O delegado informou que os lavradores Josina Concebida
Moysés, 36 anos, e José Mateus da Silva, 35 anos, estão juntos há apenas um
mês. O caso foi descoberto depois que eles procuraram ajuda de vizinhos e
parentes para localizar o menino de 6 anos. “Eles alegaram que o menino, o João
Paulo, havia fugido de casa. Quando os parentes chegaram para ajudar, notaram a
falta também dos outros dois meninos mais novos. Nessa hora a mãe, a Josina,
disse que eles estavam dentro da casa dormindo. Uma tia desconfiou e conseguiu entrar
no imóvel. Foi quando ela encontrou os sobrinhos em uma cama, cobertos e
gemendo muito de dor e febre. Foi quando a Polícia Militar foi chamada e
prendeu o casal”, explicou o delegado.
A Justiça definirá com quem ficarão os dois meninos que
estão internados quando eles receberem alta do hospital. O pai biológico das
crianças morreu, mas os parentes acompanham o caso. "Já João Paulo, a mãe
e o padrasto disseram que ele havia fugido, mas os investigadores André Gouveia
e Rodrigo Gonçalves, quero destacar o trabalho deles, conseguiram informações
que o casal havia saído com esse menino de carro. Fizemos o interrogatório e
eles confessaram que o menino havia morrido durante o espancamento e eles
levaram o corpo até a rodovia BR-116, onde o abandonaram", contou Gomes.
Ainda segundo o policial, mãe e companheiro “disseram que
deixaram o corpo às margens da estrada coberto e com uma mochila, para simular
uma morte no local durante a fuga inventada por eles. "O mais absurdo,
entre tantos absurdos dessa história, é o motivo. Mãe e padrasto alegaram que
agrediram as crianças porque eles não os respeitavam e além de pegar coisas na
geladeira sem permissão, faziam xixi e cocô na cama. Isso provavelmente, a
gente supõe, era um trauma pelas surras que sofriam constantemente, como
informou uma tia”, afirmou Luiz Eduardo Moura Gomes. O delegado revelou ainda
que o padrasto tem uma filha de 11 anos que morava com a família, mas a menina
não era vítimas de tortura como os meninos e, inclusive, estudava, ao contrário
das crianças agredidas.
Josina e José Mateus tiveram a prisão preventiva decretada
pela Justiça e vão aguardar o julgamento presos. Eles vão ser indiciados pela
Polícia Civil pelos crimes de tortura contra os meninos que sobreviveram e de
tortura com resultado morte no caso de João Paulo. Condenados, podem pegar mais
de 30 anos de cadeia.
Terra
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