Na Bahia a independência se desenhou bem antes com a
Conjuração Baiana de 1798. Este movimento, ao contrário da inconfidência
mineira de 1789, tinha o gosto do povo, com pretensões ousadas e modernizadoras
como a abolição da escravidão e a emancipação política com a implantação de uma
república popular.
No processo de independência do Brasil, mais uma vez, a
Bahia se diferenciou das demais regiões brasileiras. Aqui a emancipação só se concretizou
cerca de nove meses depois do simbólico e pacífico grito de independência ou
morte às margens do Riacho do Ipiranga.
Uma guerra entre portugueses e baianos teve início e, de
fevereiro de 1822 a julho de 1823, foi marcada por violência extrema, mortes e
destruição. Surgiram vários heróis, principalmente das camadas mais pobres da
população, que se destacaram nas batalhas e ajudaram na concretização da
emancipação política. Maria Quitéria, João das Botas e o Corneteiro Lopes são
exemplos destes nomes que, curiosamente, não são lembrados nos livros didáticos
de História do Brasil.
A Bahia foi o último
foco de todo o processo da Independência do Brasil. O Dois de Julho deve ser
entendido como a verdadeira independência do país. A data merece ser resgatada
e valorizada como um importante marco na história, não só da Bahia, mas do
Brasil.
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